O dia 20 de julho de 1973 marcou milhares de pessoas devido ao falecimento (e até hoje mal explicado) de Bruce Lee aos 32 anos, uma das maiores lendas das artes marciais que o mundo já viu (e o único homem, dentre todas as criaturas vivas da galáxia que já tocou, e derrotou, Chuck Noris em uma batalha). Portanto hoje completa-se 45 anos que esse mito nos deixou, e atendendo pedidos, o Blog Tectoy resolveu homenageá-lo, lembrando do game que foi lançado para o Mega Drive em 1994.

O game é baseado no excelente filme que carrega o mesmo nome, “Dragon: The Bruce Lee History“, em que acompanhamos os fatos mais importantes na vida do lutador. Gostaríamos de dizer que o jogo é tão bom quanto o longa-metragem, mas infelizmente isso está longe de ser uma realidade.

Mas ao menos acertaram na escolha do gênero, sendo um jogo de luta estilo “Street Fighter”, onde o jogador controla Bruce Lee para combater os mesmos inimigos vistos no filme, além de algumas batalhas extras (e sem sentido). Antes de cada batalha temos pequenas cutscenes que deveriam situar o jogador no contexto da história, mas são tão mal feitas que nem isso fazem direito.

Assim como no longa, o primeiro oponente é um marinheiro estrangeiro grandalhão (na verdade foram uns 3 ou 4 marinheiros, mas tudo bem), com quem Bruce arranja encrenca em uma festa por conta de uma garota. Logo de cara vemos que o inimigo não segue o visual de sua contraparte cinematográfica, o que não tem nenhum sentido, já que estamos falando de um jogo oficial.

Percebe-se isso até o fim do game, seja na luta na academia de musculação, já com Bruce na América, seja na batalha em que o seu inimigo o deixa paralitico de maneira covarde ou em qualquer outra batalha.

Pior que a caracterização são as mecânicas e jogabilidade, fatores cruciais em um jogo de luta. Já na primeira batalha nota-se o quão truncada a movimentação do game o é. A animação dos personagens não flui de forma natural, é muito robótica. A maioria dos movimentos de batalha de Bruce possui somente um frame de animação. A coisa não muda de figura com relação à animação dos inimigos.

Outros problemas graves são a lentidão da movimentação nos campos de batalha e uma pequena variedade de golpes, o que para um game de luta é algo lamentável e o torna monótono muito rapidamente.

Mas vale destacar um ponto interessante no game: a possibilidade de se variar entre a luta com as mãos e um Nunchaku, que caso a jogabilidade fosse competente, traria ao jogador uma maior versatilidade, afinal de contas, Bruce Lee e seu Nunchaku são clássicos imortais!

Dragon: The Bruce Lee History” está longe de ser um dos melhores games do Mega Drive ou à altura do maior artista marcial da história. Mas a razão de estarmos mencionando-o aqui no blog, além da curiosidade histórica caso você não soubesse da existência dele, é a de homenagear esse verdadeiro mito, que pela sua filosofia de vida até hoje serve de inspiração para muitos jovens, sejam eles artistas marciais ou não. E claro, caso você seja um fã do game, pode nos dizer o que acha dele na seção de comentários!

Mega Drive Tectoy

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