Recentemente tivemos o aniversário do Mega Drive e nada mais justo que uma entrevista com o maior colecionador de acessórios do console no Brasil.

Diego Ramires, mais conhecido como UColecionador, tem 30 anos e há mais de dez coleciona acessórios do console.  Seu primeiro videogame foi o Atari, mas, segundo o próprio, a grande paixão veio com o Mega Drive.

Atualmente, ele possui uma legião de fãs que o ajuda a buscar os itens de todos os tipos, e o que começou como uma brincadeira, virou algo sério.

Confira abaixo entrevista que realizamos com ele.

Por que colecionar acessórios e não jogos?

Foi por uma situação constrangedora, confesso (risos). Na época do Orkut, em 2007, resolvi exibir minha coleção de jogos do Mega Drive em uma comunidade, acreditando que a receptividade seria positiva.

Para minha surpresa, o pessoal começou a “zombar”, já que os games eram antigos, sem caixas, com label rasgado e a maioria em má qualidade. Com isso, o pessoal dessa comunidade começou a mostrar seus jogos, todos organizados, bonitos, com caixas e em excelente estado de conservação.

O detalhe é que as coleções eram muito semelhantes, já que todos tinham jogos de Mortal Kombat, Sonic, Shinobi etc. Então decidi que eu iria ter uma coleção grande do Mega Drive, mas não de jogos, e sim de acessórios.

Conte-nos um pouco sobre sua coleção

Meu primeiro item foi o Total Control,  que é um joystick que não tem os direcionais e utiliza sensores de movimento. A partir daí, tenho um pouco de tudo, desde controles alternativos, até um joystick com tela LCD que é o meu ‘xodó’ e, em breve, farei unboxing no canal.

Várias pistolas também, taco de baseball, adaptadores de disquete para o Mega Drive lançado na China e tudo que você pode imaginar vindo de todas as regiões. São mais de 250 acessórios.

Particularmente, um dos mais curiosos é o Activator  que consegui da Tectoy. Junto com ele vinha uma fita VHS com um comercial do periférico (vídeo acima). Também tenho versões internacionais dele.

Qual o item mais raro? Aquele que foi “um achado”?

Acreditaria se eu dissesse que foi o MegaNet 2 da Tectoy produzido aqui no Brasil? O item é tão raro, mas tão raro, que até hoje eu só vi duas unidades, sendo uma a que comprei, ao longo de toda minha vida. O mais curioso é que paguei um preço bem barato na época, cerca de R$ 40.

E o mais caro?

Olha, o Mega Organizer do Mega drive creio ter sido o mais caro em relação ao custo benefício. Foi R$ 500 em uma caixa gigante feita de plástico com o logotipo “Sega Genesis”, o que parece uma loucura.

Por outro lado, é um item que, além de muito raro, é muito difícil encontrá-lo em bom estado, mas dá um pouco de “dor no coração” de ter gastado tanto dinheiro em uma caixa.

E o personagem “UColecionador”, da onde veio?

Começou através do meu apelido na internet, já que eu não queria me identificar como Diego Ramires nos sites de compras, e aí usava o pseudônimo de “UColecionador”. Daí, as pessoas passaram a me conhecer por esse nome, comecei a pedir descontos me identificando como “UColecionador” e  ficou.

Já as características do personagem veio de uma inspiração própria, pois queria deixar uma marca referenciando o Mega Drive. Daí veio a ideia da toca, óculos, camisa, bermuda, armadura com videogame etc.

Reprodução

Mudando um pouco de assunto, ficamos sabendo que você fazia eventos na garagem da sua casa. Conte-nos um pouco sobre isso.

Esse evento era chamado de “Mega Drive Friends”. A gente juntava o pessoal da rua na garagem da minha casa, com vários consoles, televisões emprestadas e fazíamos o evento que tinha, em média 150 pessoas.

Ao longo dos anos, as crianças cresceram, foi ficando mais caro de realizar o evento, então decidi mudar a estratégia. Hoje em dia tenho um grupo no WhatsApp e combinamos um churrasco de três em três meses para reunir o pessoal. Além da diversão, há premiações, troféus e medalhas.

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal