Com a popularização do gênero beat´em´up no início dos anos noventa, várias empresas decidiram apostar em um jogo do gênero e a Taito não fugiu a regra e lançou Growl.

Inicialmente para Arcades em 1990, o bom e velho Mega Drive recebeu uma conversão em novembro de 1991.

HISTÓRIA ECOLÓGICA!

No início do século 20, um grupo de caçadores malvados começaram a atacar animais selvagens e estes correm risco de extinção.

“Alô… aqui é o guarda” – disse o protagonista no telefone enquanto estava em um PUB – “Como?!…Entendido! Não vamos falhar em derrotar os malvados caçadores!”

Nesse momento, um dos caçadores invade o local e coloca uma bomba na mesa do guarda, só que ele consegue escapar. E assim, começa a aventura.

BEAT´EM´UP DO INDIANA JONES!

Provável que o ponto que mais se destaca em todo o jogo é a trilha sonora. Excelentes composições, que extraem muito bem a potência do Mega Drive e entrega ao jogador músicas memoráveis.

Já a jogabilidade em si é a típica dos beat´em´ups: você anda em cenários lineares, deve derrotar uma ordem de inimigos pra prosseguir, coletar itens em caixas que recuperam sua energia ou te dão uma arma nova como bazuca ou espadas etc.

O diferencial deste é a temática ecológica e o estilo mais “Indiana Jones” para os ambientes, indo na contramão dos cenários mais urbanos que geralmente os games do gênero têm.

São quatro personagens jogáveis, cada um com seus atributos individuais, tendo aquele personagem que pula mais alto, ou aquele que tem uma barra de energia maior etc.  Isso é interessante para aumentar o fator replay e praticamente quadruplica a duração do jogo! Ponto pra Taito.

OS FEIOS TAMBÉM SÃO LEGAIS

Se em um extremo temos a trilha sonora chamando a atenção pela sua excelência, os gráficos também chamam a atenção, mas na outra ponta: são muito fracos. Passa a sensação de estarmos jogando um game do Master System “turbinado” e não um jogo do Mega Drive.

As animações são fracas,  alguns cenários são pobres, a distribuição de cores é estranha e visualmente o jogo simplesmente não parece bonito, salvo exceções.  Neste ponto, a Taito ficou devendo.

Outro ponto é que, mesmo tendo quatro personagens jogáveis e cada um tendo suas características, todos eles são muito parecidos em gameplay e até mesmo visualmente, mudando mais a cor da roupa ou um ou outro detalhe. Fica a sensação de mesmice.

Por fim, uma faca de dois gumes é o nível de dificuldade alto. O jogo é bem difícil, o que pode ser atraente a aqueles que curtem um bom desafio, mas afasta os jogadores mais casuais.

No fim das contas, Growl entra na categoria de “mais um bom beat´em´up do Mega Drive”. Não apresenta muitas novidades além do estilo Indiana Jones, mas faz um bom trabalho em representar a Taito no gênero. Só os gráficos que podiam ser melhores, mas os outros pontos compensam o visual. Uma boa alternativa para aqueles que querem jogar novos games do gênero.

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