Após o sucesso entre a parceria da Tectoy e os Estúdios Maurício de Souza para lançar a Estrelinha Mágica no Brasil (saiba mais dessa história), o próximo passo foi lançar um jogo estrelando uma personagem bem conhecida pelo público brasileiro: Mônica.

A ideia de se fazer o jogo com a gordinha dentuça partiu da própria Tectoy, que levou a proposta para o Maurício de Souza que aceitou de imediato. O projeto era simples, ao invés de criar um título do zero, o que ia demandar mais tempo e trabalho, a empresa pegou o jogo “Wonder Boy in Monster Land” (lançado em 1987) e reprogramou alguns visuais e textos, autorizada pela Sega, e assim nasceu “Mônica no Castelo do Dragão“, lançado para o Master System em 1991.

Mônica e Wonder Boy

O game rapidamente se tornou um dos grandes sucessos na época e conquistou os fãs brasileiros – o jogo inclusive vinha acompanhado do Master System em uma versão rosa, para atrair o público feminino.

Na história, o vilão Capitão Feio (infelizmente ele não aparece no jogo) planeja conquistar o mundo para deixá-lo sujo e poluído, e para isso reuniu um poderoso exército de monstros, sendo que o seu braço direito é o malvado Dragão Cospe Fogo. Agora, somente a Mônica e seu coelhinho Sansão poderão derrotar o Capitão Feio e seus aliados, e assim salvar o mundo – mas cuidado, se ela fracassar será transformada num monstro poluído e de sujeira. Essa história também foi adaptada para os quadrinhos da Mônica em uma edição.

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A mecânica do jogo é uma mistura de plataforma 2D com elementos de RPG, onde os jogadores controlam Mônica por 12 fases, cada uma recheada com monstros, itens e desafios crescentes próprios. E como todo bom RPG, conversar com os NPCs (personagens não controláveis) encontrados pelo caminho é algo essencial para obter informações valiosas sobre a sua missão.

Armada apenas com o seu pesado Sansão (o Cebolinha que o diga), a dentucinha deve derrotar seus inimigos para coletar moedas e itens, além de ser possível também comprar em lojinhas outros equipamentos como botas, escudos, magias, vestidos (armaduras no original) e Sansões (substituindo as espadas de Wonder Boy) para fortalecer-se – e acredite, você vai precisar de todos eles, pois a aventura oferece uma boa dose de desafios.

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Para dificultar ainda mais as coisas, uma ampulheta no alto da tela representa o tempo em que Mônica deve concluir o cenário, caso contrário ela começa a perder pontos de energia. Porém, coletar pequenas ampulhetas (várias estão escondidas) ou visitar hotéis e hospitais restaura o tempo.

Mônica no Castelo do Dragão” é um jogo longo e desafiador, onde é preciso jogar várias vezes para descobrir todos os seus segredos e assim ter uma chance de finalizar essa grande aventura que marcou época e a infância de muitos jogadores brasileiros nos saudosos anos 90. A Tectoy ainda lançou mais dois jogos com a Turma da Mônica, mas essas histórias ficam para um próximo post aqui em nosso blog!

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