Lançado em abril de 1995, o Mortal Kombat 3 veio para dar mais uma “repaginada” na série. Desta vez foram incluídos os combos, algo elogiado em jogos de luta contemporâneos como Street Fighter, um botão para corrida e a ambientação “aposta” em um estilo mais moderno e contemporâneo, diferente do estilo oriental presente nos anteriores.

Mesmo rendendo sucesso comercial, o jogo foi criticado pela omissão de personagens icônicos como Scorpion e Kitana, levando os desenvolvedores a lançarem uma atualização, o Ultimate Mortal Kombat 3, apenas sete meses depois, com muito mais conteúdo. Quanto a este último, Ed Boon diz que, nos arcades, este é seu título favorito.

Não deixe de conferir nossos artigos referentes ao Mortal Kombat I e Mortal Kombat II.

O PREÇO DA INOVAÇÃO?

Em um primeiro momento, a ideia era que a versão de arcade utilizasse gráficos em 3D, algo que veio a se materializar apenas no quarto episódio. No entanto, eventualmente Ed Boon e John Tobias acharam que o novo jogo deveria seguir os moldes tradicionais, mas aproveitaram que os cenários em 3D pré-renderizados estavam “em alta” na época e usaram a tecnologia.

Assim como o segundo game veio para ser uma experiência diferente comparado ao primeiro, a ideia do terceiro era também ser diferente do segundo e, por isso, os temas orientais “saem de cena” e o Mortal Kombat 3 é mais ocidental e contemporâneo, se refletindo em cenários como a fase do trem e igreja, assim como há lutadores ciborgues.

A maioria dos personagens que retornam foram exercidos por novos atores, já que na época houve uma disputa de royalties e problemas na justiça envolvendo o pagamento dos atores originais referente às versões para consoles de Mortal Kombat II.

Mesmo indo bem nas vendas, MK3 foi consideravelmente menos bem recebido que os dois anteriores, sendo criticado pela ausência de personagens clássicos e argumentando que alguns inéditos, como o Stryker, carecia de carisma. Os combos também foram mal vistos, considerados complicados e afastando da simplicidade característica dos anteriores, o que também atrapalhava a fluidez das batalhas.

Supõe-se que as críticas levaram os desenvolvedores a criarem o Ultimate Mortal Kombat 3, que era basicamente o mesmo jogo, porém mais completo, retornando com os personagens citados anteriormente, incluindo também o Ermac, uma “lenda urbana” entre os jogadores de Mortal Kombat que, até então, acreditavam que ele era um personagem desbloqueável.

Tanto que este último foi lançado apenas sete meses após o 3, ainda no ano de 1995. Os lojistas que tinham os arcades da versão-base podiam atualizar a máquina para o Ultimate gratuitamente.

AS VERSÕES DE MEGA DRIVE

Desenvolvidos pela Avalanche Software, ambos os jogos contam com gráficos e sons inferiores a edição de arcade, porém, mantém o padrão de qualidade que o Mega Drive pode proporcionar.

Tecnicamente, o destaque vai para Mortal Kombat 3, que consegue ser a edição mais próxima do fliperama entre todos os games de MK lançados no console. Já Ultimate, por ser muito mais rico em conteúdo, teve uma visível redução gráfica e sonora, além de conter diferenças significativas.

  • O personagem Noob Saibot é jogável na tela seleção de personagens, enquanto no Arcade ele só é desbloqueado pelo Kombat Kode;
  • O Rain é um personagem escondido não encontrado na versão de arcade, enquanto no Mega Drive ele também é jogável;
  • Mileena, Ermac, Sub-Zero Clássico são jogáveis sem precisar de códigos. Motaro e Shao Khan são desbloqueáveis.
  • Shang Tsung pode se transformar no Smoke robô, algo impossível nos arcades;
  • Sony Blade tem o friendship de Mortal Kombat 3, e não um inédito;
  • Há também os brutalities, onde o jogador dá sucessivos combos até explodir o personagem;
  • Sheeva não é jogável;
  • Smoke humano tem uma jogabilidade semelhante a do Scorpion;
  • O fatality do beijo da Kitana é diferente, inflando apenas a cabeça, e não o corpo inteiro. O mesmo vale para o movimento semelhante do Kabal;
  • O narrador não fala o nome dos personagens, provavelmente por limitações de hardware;
  • Novas biografias foram incluídas para Ermac, Mileena, Rain e Noob Saibot.

BRASILEIROS GANHARAM MK3 NO MASTER!

O Master System recebeu o Mortal Kombat 3, sendo um port da versão de Game Gear feito pela Tectoy. Exclusivo do Brasil, é considerado uma raridade no mundo inteiro.

Uma versão de Mortal Kombat 3 foi planejada para o Sega Saturn, mas eventualmente foi cancelada em favor do Ultimate. Quanto a este último, ele foi bastante elogiado por ser uma réplica praticamente idêntica a versão de arcade.

DOIS CLÁSSICOS DOS JOGOS DE LUTA

Tanto o Mortal Kombat 3 quanto sua versão Ultimate mantêm o padrão de qualidade da série. Ótimos gráficos, excelência em jogabilidade e toda a violência e brutalidade que levou o nome da série ao estrelato. Basicamente, tudo que todo mundo gosta na série se faz presente.

Mesmo que os combos afugentem jogadores menos experientes, eles acabam sendo um desafio para que os mais “hardcores” venham a dominá-los, o que faz com que jogadores experientes se destaquem e sejam bem “apelões”.

Ambos merecem uma conferida, mas, querendo escolher um deles, pegue a versão Ultimate, já que este é essencialmente o mesmo jogo, só que com mais conteúdo.

Sem dúvidas, mais dois clássicos dos jogos de luta!