Desenvolvido por uma equipe diferente dos dois originais, reza a lenda que inicialmente o título seria um RPG sem nenhuma conexão com a saga Phantasy Star.

No entanto, querendo aproveitar a popularidade da série, a SEGA decidiu convertê-lo no terceiro título ao longo do desenvolvimento. Foi lançado em 1990 para o Mega Drive no Japão, e no ano seguinte nos EUA.

Isso explica a pouca conexão com os outros jogos da série (realmente dá a sensação de que elas foram incluídas de última hora), o sistema de batalha diferente do implementado no segundo e quarto episódio,  e o estilo medieval com reis e príncipes,  e não futurista.

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Apesar de ser considerado por muitos fãs como a ovelha-negra da série, também é notório que ele possui uma trama bem elaborada, além de inovar ao incluir um sistema de gerações, sendo que terminamos o jogo com o neto do herói do início.

Além disso, você pode escolher com quem vai casar ao longo da aventura, multiplicando ainda mais as possibilidades e o fator replay, fazendo alterações significativas no enredo.

Aqui no Brasil, este foi o último jogo da série traduzido pela Tectoy, chegando em 1998.

ps3_geracoesO sistema de gerações.
É possível chegar ao chefe final com 4 personagens diferentes.

Um pouco de história…

Se passando 1000 anos após os eventos de Phantasy Star II, todo o game é ambientado dentro da nave Alisa III, que é uma espécie de planeta artificial com rios, montanhas e monstros.

Lá estão os sobreviventes do planeta Palma, e por algum motivo os moradores de lá possuem um estilo de vida medieval, contando com reis, cavaleiros, castelos, dinastias, e por aí vai.

Dentro desta realidade, há duas nações em guerra: uma delas liderada por Orakio e outro por Laya, resultando em violentas batalhas sangrentas. Eventualmente, os dois líderes se encontraram para a grande batalha final, mas ambos desapareceram misteriosamente.

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Antes da guerra entre ambos, os dois líderes ordenaram a seus povos que, depois deste evento, eles estariam proibidos de matar uns aos outros. E assim, diversas gerações se sucederam em relativa “paz”.

Chegando aos tempos atuais, você é Rhys, príncipe dos Orakianos que vive na cidade de Landen. No dia de seu casamento com a princesa Maya, um demônio surge e acaba sequestrando-a. Rhys imediatamente o identifica como um dos Layanos.

“Malditos Layanos! Maya jamais será sua!”. E assim se inicia a aventura para buscar sua esposa. No entanto, essa era apenas a “ponta do iceberg” de uma história bem mais aprofundada.

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Entre erros e acertos

De longe, o maior erro é o sistema de batalha. Diferente de Phantasy Star II em que víamos os personagens de costas, agora só vemos o monstro na tela. Some isso a poucas animações deles (às vezes dois frames), e efeitos visuais que parecem regredir bastante comparado ao segundo título. Fora que as músicas vão mudando dependendo de quanta energia você tem em batalha, o que na teoria é uma boa ideia, mas elas são curtas e  repetitivas.

Os personagens também geram controvérsias, sendo que muitos argumentam que eles são pouco desenvolvidos e  falta carisma neles, enquanto outros dizem que é o oposto: neste game, os heróis é que salvam o título. No entanto, há um consenso de que a história em geral é divertida.

Já os gráficos são bonitos e evoluem comparado ao Phantasy Star II, sendo que desta vez as batalhas contam com cenários de fundo. Paradoxalmente, tanto as cidades quanto os calabouços pecam pela pouca variedade, dando a sensação de que os desenvolvedores não estavam inspirados na hora de desenvolvê-los. Todos muito parecidos e carecendo de singularidade.

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Ou seja, se por um lado são bem construídos, por outro são repetitivos. No entanto, o mapa do mundo é exceção, sendo bem construído, e com uma belíssima música ao fundo.

Por falar na trilha sonora, ela foi composta por “Ippo”, e apesar de não alcançar a excelência dos dois jogos anteriores, muito menos a do jogo seguinte, é um dos aspectos mais positivos do game.  Destaque para o tema de abertura, o  do chefe final, e das cidades também. Todas combinam com o momento proposto e são memoráveis.

E a jogabilidade permanece a mesma dos RPGs da época: você anda em mapas, encontra inimigos aleatórios,, acessa cidades pra comprar equipamentos, ganha pontos de experiência, etc. Felizmente, o nível de dificuldade exagerado de Phantasy Star II foi bem reduzido, deixando o título mais “amigável”, mas a lentidão do protagonista ainda incomoda.

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Talvez o maior erro  seja carregar o nome de “Phantasy Star“, já que havia uma grande responsabilidade em criar um game com este título. Além de ser drasticamente diferente dos outros, ele também não possui a mesma qualidade técnica dos outros três.

No entanto, possui méritos como o sistema de gerações, boa trilha sonora, e um nível de dificuldade mais equilibrado comparado ao seu antecessor. Recomendamos testá-lo caso tenha  oportunidade, mas procure ser mente aberta.