Shadow Blasters é um game de plataforma desenvolvido pelos pequenos estúdios japoneses Sigma Enterprises e Cyclone System. Foi lançado para o Mega Drive em 1990.

A história é bem básica e funciona como um pretexto pra iniciar o game: o Deus maligno Ashura liberou uma horda de monstros e demônios ao planeta Terra, com o objetivo de dominar o mundo assim como o corações dos homens. Já o Deus da bondade, Hyperion, recruta quatro dos guerreiros mais poderosos da terra para derrotá-los e salvar o mundo.

O “MEGAMAN” DA CULTURA JAPONESA

Muito provavelmente, a equipe de desenvolvimento se inspirou nos jogos de MegaMan para desenvolver o Shadow Blasters. Você pode escolher entre seis fases iniciais e passar delas em qualquer ordem e, ao finalizá-las, você passa por duas últimas e chega ao chefe final.

Além disso, os quatro guerreiros podem ser trocados a hora que quiser ao apertar no menu de pausa e cada um deles tem suas habilidades específicas que podem ser carregadas segurando o “botão de ação”, exigindo pensamentos estratégicos do jogador e ampliando as possibilidades do gameplay. Basicamente, funciona como as armas diferentes do azulão da Capcom, mas no caso, muda de personagem.

O interessante desse sistema é que, se você estiver com pouca vida com um dos guerreiros, você pode trocar para outro. Caso morra com algum deles, você terá de escolher outro para continuar jogando.

Os temas da fase são um pouco genéricos, mas variados, tendo a fase da montanha, da cidade, floresta, futuro etc. A reta final também impressiona, com um desfecho que “sai do óbvio” e uma batalha final bem divertida.

Vale dizer que há um modo de dois jogadores, e é aqui que o jogo “brilha” mais ainda!

“JÁ ACABOU?!”

Infelizmente o game tem seus contras. Por ter sido lançado no início da “carreira” do Mega Drive, aliado ao fato de uma pequena equipe não muito conhecida ter desenvolvido-o, não espere gráficos e uma trilha sonora “de ponta”, nem mesmo considerando os games de sua época. Não chegam a ser ruins, mas também não são bons.

Shadow Blasters também peca no extremo oposto da grande maioria dos games da época: ele é muito fácil, e isso é agravado mais ainda pelos continues infinitos. Nessa época, o padrão era desenvolver jogos com alto nível de dificuldade justamente para aumentar sua longevidade, algo desnecessário nos dias de hoje, o que também explica o porquê dos games terem se tornado cada vez mais fáceis ao longo dos anos.

Justamente por este último ponto, a aventura é bastante curta, sendo possível zerar em trinta minutos e não precisa ser um jogador experiente para isso.  Talvez seja atraente aos jogadores novatos ou a pais que queiram dar a seus filhos pequenos um jogo mais “tranquilo” de chegar ao final.

No fim das contas, Shadow Blasters não chega a ser um grande destaque entre os games de plataforma do Mega Drive, mas supre a necessidade mais básica de um jogo: ser divertido. Quem gosta do gênero e quer testar um jogo diferente, deve dar uma conferida.

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