Toy Story é um filme de animação, feito em computação gráfica, lançado pela Pixar em 1995. A obra cinematográfica foi um sucesso de bilheteria nos EUA e no resto do mundo. No mesmo ano o filme ganhou um jogo baseado, do qual saiu para as seguintes plataformas: Mega Drive, Super Nintendo, PC e Gameboy.
O jogo foi um daqueles que utilizavam muito bem a capacidade gráfica do sistema, pois em 1995/1996 as empresas já estavam cientes do que o Mega Drive era capaz de fazer. Tanto é que Toy Story provou que muitos poderiam utilizar de gráficos pré-renderizados, não sendo uma façanha unicamente da SEGA ou da Nintendo.
O título foi muito elogiado pela crítica especializada nos EUA e mereceu o seu devido destaque por parte da imprensa brasileira. Será que o mesmo ficou a altura do filme? Vamos conferir!
Os brinquedos estão vivos
Assim como o filme, o jogo segue a mesma história e ela é bem simples, porém, eficiente para este tipo de título.
Os brinquedos de Andy tem a sua vida própria. Um pouco secreta, claro, quando Andy sai do seu quarto para ir a escola ou brincar com os seus amigos e todos estavam felizes com isto.
Entretanto, no aniversário de Andy, as coisas mudam muito no quarto dele. Woody, o caubói, que é o brinquedo favorito do Andy, é substituído pela grande novidade na questão de brinquedos, Buzz Lightyear, um ranger espacial.
Então Woody acaba se vingando de Buzz por tê-lo substituído, só que ele vai longe demais e agora tem de salvar o seu “inimigo” antes que a família de Andy saia de mudança e acabe esquecendo os dois para trás.
Portanto, no game você irá controlar Woody por diversas fases de plataforma, das quais você poderá correr, pular, escalar e até mesmo nadar em diversas situações. Além de tudo isso, o jogador também poderá utilizar da cordinha, que dá voz a falas mecanizadas do cow boy, para derrotar inimigos, derrubar blocos e fazer várias outras coisas.
Desta forma, a jogabilidade do título não é tão presa quanto aparenta ser, principalmente pelo fato de existirem algumas variações dentro do próprio jogo, que o tornam bem interessante, através de oito níveis de pura jogatina.
Uma das fases mais interessantes no game se dá quando você controla o Woody em primeira pessoa, aos moldes de jogos como Duke Nukem 3D, cuja Tectoy fez uma versão exclusiva para o Mega Drive.
Traços inspirados na Pixar
A base dos gráficos de Toy Story remetem basicamente a dois grandes clássicos da era dos 16-bit: Um deles é o Donkey Kong Country, para o Super Nintendo e o outro é Vectorman, para o Mega Drive.
Utilizando-se de gráficos pré-renderizados para os cenários, personagens e todos os outros elementos na telinha do Mega Drive, Toy Story consegue dar uma dimensão apropriada para cada cenário, indo desde a casa de Andy, passando pela Pizza Planet, até o quarto do Sid.
A versão do Mega Drive, a Traveler’s Tales, conseguiu retirar o máximo possível da paleta de cores dispostas do sistema e fez um trabalho digno de ser bem visto em uma bela TV de tubo.
Pew-plaf-boom
Outro elemento do qual vale a pena ser citado, é a trilha sonora muito bem trabalhada durante todo o jogo. Ela se casa bem com cada cenário do qual ela é proposta. Como por exemplo, na primeira fase, cujo tom é bem alegre.
Toy Story é um daqueles títulos que merecem estar na estante dos que amam muitas confusões e um bom desafio para o seu Mega Drive. E aí, você curtiu o desenho e o jogo? Conte-nos sua experiência!