Com o objetivo de ser mais um rival para o Sonic, o Zool foi desenvolvido pelo extinto estúdio britânico Gremlin Graphics para o Commodore Amiga em 1992 e, no ano seguinte, foi portado para diversos consoles, incluindo o bom e velho Mega Drive.

“QUEREMOS UM MASCOTE TAMBÉM!’

O designer George Allen veio com a ideia de fazer um mascote após seu jogo anterior, Switchblade II, ter recebido duras críticas devido a ausência de inimigos, justificando a riqueza nesse ponto em Zool.

Como na época o azulão estava em todas, a ideia era fazer um game parecido, com direito a velocidade, animal antropomórfico, músicas animadas,  dois atos mais um chefe e o bom e velho correr e pular.

A trilha sonora ficou a cargo de Patrick Phelan, que buscou um estilo mais eletrônico e techno, pra combinar com o tipo frenético do game. Na época, o game gerou bastante hype e foi massivamente bem recebido durante seu lançamento.

Vale dizer que a Gremlin Graphics fez uma parceria com a tradicional empresa de pirulitos Chupa Chups e, por isso, há diversos easter eggs que homenageiam a marca, justificando a primeira fase ser de doces.

“MALUQUICE” É A PALAVRA DE ORDEM!

O que mais chama a atenção é a criatividade do game inteiro, procurando sair da “zona de conforto” que dava sucesso aos games da época e explorar temas bem “malucos”.

A fase de doces é logo a primeira, sendo que a segunda é um mundo de CDs, discos e microsystems; temos também o cenário dos materiais escolares e até mesmo ambientes tradicionais, como a floresta, procurando ser diferente e colocando tomates gigantes ao fundo e bananas.

Por falar em banana, os chefes também são completamente “loucos”, com direito a um deles ser uma banana maligna com colar de espinhos e também há um cactus do mal com cara de “poucos amigos”. Os inimigos não fogem da regra e cada uma das fases tem sua própria ordem deles, o que inclui cenouras,  ferramentas como parafusos e por aí vai.

Já a jogabilidade é precisa e tem tudo para ser, de fato, um rival do Sonic:  personagem rápido, correr, pular e derrotar inimigos. O Zool também pode escalar paredes e, por isso, muitas fases também abusam da vertical.

Por fim, os gráficos e as músicas também são de excelência, com visuais coloridos, detalhados e criativos, o Zool tem um grande número de quadro de animações e a trilha sonora que aposta no techno é também ótima.

PONTOS NEGATIVOS QUASE IRRELEVANTES

Os únicos pontos de crítica são os poucos enigmas, já que o título propõe eles volta e meia, mas fica aquele gosto de “quero mais”. Tem horas também que o jogo parece um pouco aleatório demais e as músicas, mesmo de excelência, ficam um pouco repetitivas no longo prazo. Nada disso chega a ser um grande incômodo, mas afastam o título da nota 10.

Zool é mais uma tentativa de tirar uma “fatia” do mercado conquistada pelo Sonic e tem os fãs do mascote como foco. E de fato, se você gosta dos games clássicos do azulão, definitivamente deve testá-lo. Mais um excelente game de mascote para o Mega Drive!