Desenho original

A Disney  certamente tem personagens amados por pessoas de todas as idades e, até a chegada dos videogames, o consumo deles se dava quase que integralmente pela TV, fitas VHS e cinema.  A SEGA ajudou e muito a Disney neste quesito com uma parceria ímpar na criação de títulos para os seus consoles 8 e 16 bits, da mesma forma que outras empresas contratadas pela Disney. Entre elas está a Sunsoft, responsável por Beauty & The Beast (A Bela e a Fera) para o Mega Drive.

A cada longa metragem de animação lançado, havia sempre um movimento por parte da Disney em criar um jogo daquele desenho. Foi assim com The Little Mermaid, desenvolvido pela Blue Sky Software e lançado pela SEGA, tendo versão exclusiva para o Master System no Brasil lançada pela Tec Toy , com The Lion King, desenvolvido pela Westwood Studios e lançado pela Virgin Interactive, entre tantos outros.

Alguns títulos se aproximavam bem dos filmes nos quais eram baseados. Outros, por conta da essência do longa não caber dentro de um jogo, foram extremamente adaptados para os videogames, sendo justamente o caso de Beauty & The Beast para o Mega Drive.

Um Filme, Dois Jogos

Em um dado momento na década de 1990, onde as empresas criavam produtos para alcançar um público especifico, a Disney optou, juntamente com a Sunsoft e a Software Creations, no desenvolvimento de dois jogos baseados no filme Beauty & The Beast.

BEAUTY & THE BEAST
Belle’s Quest tinha lindos cenários

Um deles, Beauty & The Beast: Belle’s Quest, era voltado para o público feminino, onde as jogadoras controlariam Bela na sua jornada até o castelo da Fera e além, seguindo o roteiro do desenho animado.

Roar of the Beast tinha cenários melancólicos

Por outro lado, Beauty & The Beast: Roar of the Beast era voltado para o público masculino, onde os garotos controlariam a Fera seguindo, em algum momento do título, o roteiro do longa metragem.

Da Busca, ao Rugido

Belle’s Quest é um título plataforma com elementos de exploração onde, por meio da resolução de alguns quebra-cabeças e o uso moderado da jogabilidade presente em títulos side-scroller, o jogador avança de acordo com o roteiro do desenho animado – ao ponto que a cada fase vencida, surgem cenas que servem para explicar o avanço do jogo.

Roar of the Beast dá ao jogador o poder de rugir e desferir socos contra os muitos inimigos que existem no castelo da Fera e em outros locais perigosos, tornando-o um título focado mais na ação.

Uma Breve Melodia

Os dois jogos utilizam como base a trilha sonora do filme em questão, criada por Alan Menken, que também produziu as músicas de The Little Mermaid e Aladdin, entre outros longa-metragens.

Versão do jogo para Mega Drive
Versão do filme
Belos Detalhes

Os dois jogos tem uma animação bem fluída e cenários ricos. Enquanto que os de Belle’s Quest são mais vivos e vibrantes, espelhando a personalidade de Bela, o de  Roar of the Beast tem cenários mais melancólicos, ligados diretamente a Fera.

BEAUTY & THE BEAST
Um dos cenários em Belle’s Quest

Ainda assim, o trabalho criado pela Software Creations tanto nos cenários como na animação dos personagens deu uma amostra da atenção que a empresa teve em transpor o longa-metragem para o videogame.

Boas Adaptações

Ambos jogos, Beauty & The Beast: Roar of the Beast e Beauty & The Beast: Belle’s Quest, foram trabalhos muito competentes por parte da Software Creations com a ajuda da Disney Software em trazer um pouco da emoção que muitos tiveram ao assistir ao clássico da Disney nas salas de cinema.

E você, já jogou algum deles?