Chapolim versus Drácula: Um Duelo Assustador é um game lançado para o Master System em 1993 estrelando ninguém menos que o super-herói mais atrapalhado da televisão.

Assim como aconteceu com o jogo da Mônica, este se trata de uma modificação gráfica e textual feita pela Tectoy do jogo Ghost House, desenvolvido pela própria SEGA e lançado para o formato “Sega Card” que era uma espécie de disquete/memory card que colocava nos modelos antigos do Master.

Por isso, o jogo não tem absolutamente nada a ver com o seriado da TV. O único contexto dado é que a população de vampiros da Transilvânia tem aumentado muito e já não há mais sangue humano para todos. Para resolver esse problema, o Chapolim, o super-herói mais engraçado da TV, precisa eliminar vampiros em vários castelos mal-assombrados.

Curiosamente, antes do Chapolim, a Tectoy chegou a lançar o Ghost House original no Brasil nos anos oitenta.

“NÃO CONTAVAM COM A ASTÚCIA DA TECTOY!”

Talvez, a Tectoy tenha se inspirado nesse episódio para fazer a modificação do jogo “Ghost House”

Basicamente a jogabilidade propõe que você explore uma mansão, abra um caixão para libertar um Drácula e depois o derrote. Você joga com o Chapolim em visão lateral, sobe e desce escadas e deve derrotar inimigos desviando de obstáculos.

Ao longo das fases surgirá a marreta biônica que você tem acesso temporariamente e te dá mais poder de ataque.

Além disso, as artes feitas pela Tectoy ficaram muito legais, com uma tela de título e uma de Game Over escrito “se aproveitam de minha nobreza”.

“SE APROVEITAM DE MINHA NOBREZA”

Infelizmente, Ghost House (por consequência, o Chapolim) tem alguns defeitos bem evidentes, o que pode tornar a experiência frustrante pra muita gente. O primeiro ponto é que os gráficos são bem simplórios, mesmo para o padrão do Master System.

Isso é perdoável por ter vindo para o Sega Card, que tinha menos capacidade que um cartucho comum, assim como o jogo original foi lançado em 1986, no início da vida do console.  Mesmo assim, fica a sensação de que “podia ter sido melhor”.

Além disso, as fases são muito repetitivas e genéricas, utilizando os mesmos gráficos em todas elas e mudando só uma cor básica para justificar o cenário inédito. Então tem a fase da “mansão azul”, “mansão verde”, “mansão cinza” etc. Os inimigos são praticamente os mesmos em todas também, mudando só o level design.

Por falar neste último, a exploração também pode ficar confusa graças a um level design não intuitivo que, somado ao nível de dificuldade bem elevado, acaba proporcionando um desafio injusto.

Não há muito o que dizer sobre Chapolim versus Drácula, afinal, ele é muito simples. Apesar dos pesares, o game pode ser bastante divertido e muito provavelmente enche o coração de muitos jogadores da casa dos 30 anos de nostalgia. Simples de entender, mas difícil de zerar.