“O ano é 2089. A colisão de um cometa deixou a Terra envenenada por radiação. Há pouca esperança para a sobrevivência da humanidade. Depende de você ajudar as poucas pessoas que sobreviveram.

Você deve deixar a fortaleza protetora Albagon e entregar a vacina de radiação recentemente desenvolvida para os sobreviventes. Sua jornada não será fácil, bandidos em seus potentes carros estão esperando para abatê-lo e roubar a vacina, para garantir que eles vão sobreviver para governar o planeta. Todo motorista na estrada está atrás de você. Sua única esperança é pegá-los primeiro.

Você deve encontrar o foguete preparado para lançar um satélite que pode anular os efeitos dessa radiação que transformou o mundo de cabeça para baixo. Se você for bom o suficiente para aprender os códigos secretos e viver tempo o bastante para usá-los, então há uma chance de lançar o foguete e salvar o mundo! Boa sorte! A humanidade está em suas mãos”.

Essa era a narrativa (claramente inspirada em Mad Max e com uma bela arte de capa, como você confere acima) em que o jogador era contextualizado ao comprar o jogo “Fatal Run“, lançado em 1989 para o Atari 2600 pela empresa Sculptured Software (posteriormente renomeada de Acclaim Studios, fechada em 2002).

Corra para salvar o mundo!

O objetivo do game é dirigir seu super carro em 32 níveis, parar nas cidades no caminho para entregar a vacina aos habitantes e obter os códigos para lançar o foguete e salvar o mundo, terminando assim o jogo (sim, ele tem um final!). Entre os obstáculos em seu caminho estão todos os outros carros na estrada, que devem ser ultrapassados ou destruídos – seu veículo vem equipado com uma poderosa metralhadora.

Para acelerar basta mover o direcional para cima, e baixo para desacelerar. O botão aciona a metralhadora. O jogo possui um menu de estatísticas bastante arrojado, para os padrões do sistema. Além da velocidade, medida em milhas por hora (mph), temos do lado direito barras de energia que indicam Motor, PneusArmadura e Combustível, respectivamente de cima para baixo.

Abaixo do velocímetro há uma seta, que indica a quantidade de tiros da sua metralhadora e logo abaixo a letra F, que indica o combustível (Fuel) novamente. Do lado esquerdo há um radar e no topo da tela a pontuação.

Mantenha sua Super-Máquina equipada

Seu carro pode sofrer avarias ao colidir com os veículos rivais, ou mesmo ser destruído por eles ao ultrapassá-los (eles também possuem metralhadoras). Outros elementos que devem ser evitados são as manchas de óleo no chão, que danificam os pneus e obstáculos brancos e amarelos que aparecem na pista, que danificam o carro severamente. Além disso casas, árvores e outros perigos ao lado da estrada também prejudicam o carro e diminuem a velocidade.

Se você ficar sem munição, é ainda possível destruir o carro na frente com uma onda de energia. Basta manter pressionado o botão de fogo e mover o direcional para frente – mas cuidado para não bater e danificar seu precioso veículo. Se ele estiver atrás, basta frear com tudo para destruí-lo sem danificar seu carro.

Procure diamantes amarelos pela estrada, logos após destruir os inimigos. Eles restauram o motor e a armadura do seu carro. Além disso, pontos azuis espalhados no trajeto restauram combustível e os verdes munição.

 

tela ao chegar em uma cidade (esquerda) e para comprar atributos para seu carro

Ao chegar em uma cidade, uma tela exibirá o status do local. Se você chegou a tempo de salvar qualquer dos seus habitantes, os sobreviventes aparecem na tela, valendo pontos de bônus por cada pessoa salva. Esses pontos podem ser usados para atualizar a condição do seu veículo (Motor, Pneus, Armadura) ou comprar combustível. Se demorar muito tarde para chegar na cidade, menos sobreviventes aparecem e menos pontos bônus são recebidos.

Portanto, além de chegar o mais rápido possível, procure pegar o máximo de diamantes amarelos (Motor/Armadura) na estrada, assim sobrará mais pontos bônus para gastar apenas em Combustível e Pneus.

Apesar de não ter os gráficos mais elaborados do console, eles  cumprem bem o seu objetivo e oferecem diferentes cenários de fundo como cidades, desertos, montanhas, florestas e até mesmo corridas noturnas. Além disso possui bons e variados efeitos sonoros, além de duas músicas bem bacanas para introdução (escute abaixo) e o Game Over.

Vá correndo jogar!

Como você deve ter percebido, “Fatal Run” impressiona pela sua alta complexidade, acima da grande maioria dos jogos do Atari 2600, com um cartucho de 32K  (os primeiros jogos do sistema tinham apenas 2K). Outro elemento curioso é a possibilidade de usar passwords (revelados a cada quatro níveis), para continuar a partida em fases mais avançadas – algo não muito comum para jogos do Atari. O título certamente merece sua atenção e é um dos 101 jogos que você pode encontrar em nosso Atari Flashback 7!