Como dito no review de “Crusader of Centy“, há três jogos do Mega Drive do gênero RPG de ação que podem ser considerados a tríade clássica. O game citado, “Beyond Oasis“, que também tem uma análise aqui no blog e o “Landstalker“, o último que faltava a aparecer por aqui.

Como vários títulos do Mega, este também tem bastidores interessantes: foi desenvolvido pela Climax Entertainment em parceria com a SEGA, nos mesmos moldes de Shining Force. Tanto que a ideia original era que este fosse mais um capítulo da saga “Shining”, com o subtítulo “Rogue”, dando continuidade as aventuras do Max. No entanto, o projeto acabou se distanciando muito de um título da série e acabou recebendo algumas mudanças e um novo nome: “Landstalker“.

VISUAL E TRILHA SONORA FANTÁSTICOS

Utilizando visão isométrica para dar impressão de profundidade, o visual de “Landstalker” entra facilmente nos melhores do Mega Drive, sendo um dos games mais expressivos a utilizar esta técnica e, provavelmente, este é o ponto mais “alto” do jogo.

Cores bem distribuídas, sprites grandes, chefes gigantes, além da grande quantidade de quadros de animação e a variedade de inimigos chamam a atenção de qualquer retrogamer. Além disso, é visível a identidade visual de “Shining Force”, graças ao trabalho de Yoshitaka Tamaki, que também é o responsável pelas artes do Alundra.

Já a trilha sonora é outro ponto de destaque, com músicas animadas e dando excelente ritmo a aventura, além de que, diferente do “Crusader of Centry” que volta e meia parecia não condizer com a ambientação proposta, aqui todas se encaixam perfeitamente. Também chama a atenção que o barulho de pulo do personagem é o mesmo do ouriço em “Sonic CD”.

JOGABILIDADE BOA, MAS COM PORÉM…

Sofrendo do mesmo mal da grande maioria dos jogos em visão isométrica, “Landstalker” tem alguns  problemas com a precisão de pulos, algo que incomoda principalmente em sessões de plataforma, podendo dar um pouco de “dor de cabeça” e frustrações não intencionais que acabam descontando alguns pontos da nota final.

Por outro lado, os controles são precisos e respondem rapidamente aos comandos do jogador. De quebra, o nível de dificuldade está na medida certa, não sendo difícil e nem fácil, com diversos enigmas lógicos, sendo que alguns farão você “empacar”, mas depois de solucionado vem aquele sentimento de “como não pensei nisso antes?”.

Como um bom jogo de RPG de ação, há diversos itens e equipamentos ao longo da aventura que melhoram suas habilidades, sendo alguns imprescindíveis para continuar como sapatos que te protegem do fogo ou alguns que facilitam “a vida” como as pulseiras que impedem que o inimigo te envenene. Alguns você compra em vilas, mas a maioria é encontrada explorando as dungeons.

Como um bom jogo da SEGA, o ritmo da aventura é excelente, com sessões de diálogo e exploração na medida certa, além de contar com uma boa história que, apesar de não muito elaborada para os padrões do gênero, consegue ser envolvente e dá “conta do recado”.

POR QUE ELE É CLÁSSICO?

É simples resumir as virtudes de “Landstalker“: o jogo tem ótimos gráficos, ótima trilha sonora, história envolvente, nível de dificuldade no “ponto certo”, enigmas lógicos, personagens carismáticos e acima de tudo: é divertido. Bom por explorar a capacidade do Mega Drive e melhor ainda por conseguir entreter o jogador. Esse é daqueles games que você pega e joga uma tarde inteira sem sentir que o tempo passou. Viciante!

Sem dúvidas, “Landstalker” é um clássico!

Mega Drive Tectoy

Mantendo o icônico design original, o Mega Drive foi relançado pela Tectoy em 2017 com 22 jogos na memória (expansível até 594 jogos), trazendo a oportunidade de antigos e novos fãs matarem as saudades de clássicos como Sonic The Hedgehog, Golden Axe, Streets of Rage, Shinobi, entre outros. Acesse o link para mais informações do produto!