Lançado originalmente para o Game Gear em todo o mundo em 1996, o Sonic Blast chegou ao Master System no mercado brasileiro um ano depois graças ao esforço da Tectoy.  Apesar do nome semelhante ao 3D Blast para Mega Drive, trata-se de uma aventura totalmente diferente. No entanto, também foi a despedida do azulão para os oito bits.

A história é praticamente a mesma de sempre para os games dessa época: Dr.Eggman quer dominar o mundo e resolve atirar um raio laser no Sonic enquanto ele tira um cochilo. No entanto, ele acidentalmente quebra uma Esmeralda do Caos em cinco pedaços que se espalham pela Ilha do Sul.

Apesar de ter falhado em seu objetivo, ele resolve utilizar os fragmentos para fortalecer a sua base aérea, o Castelo de Prata. Enquanto o azulão se preparava pra procurar os pedaços, Knuckles aparece e entende toda a situação, e ambos resolvem partir em uma aventura para coletar as esmeraldas.

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Sendo um jogo de plataforma corre-e-pula em 2D tradicional, ele se diferencia das aventuras anteriores por utilizar os Silicon Graphics, que estavam em alta na época graças ao Donkey Kong Country lançado para o Super Nintendo. Graças a isso, o final verdadeiro do jogo presta uma homenagem ao desfecho do segundo game dos macacos.

Do resto, é um game com toda a cara de “Sonic”: tem a fase tropical, de fogo, da água, base do Dr.Eggman etc. São dois atos e há um terceiro menor com o chefe, que é uma engenhoca do cientista. Os Special Stages estão em portais escondidos ao longo das fases e é necessário coletar uma certa quantidade de anéis para alcançar uma esmeralda, com direito a um cenário pseudo-3D muito bacana para os dispositivos oito bits. Caso você acesse no primeiro ato, ganhará uma vida.

De novidade há a presença do Knuckles jogável nos oito bits, com direito a habilidade de planar e escalar paredes assim como o Sonic 3 e Knuckles para o Mega Drive. Já o Sonic tem como diferencial o pulo duplo, permitindo que ele alcance plataformas mais altas e desvie mais facilmente de obstáculos.

Imagem oficial do manual japonês

O port para Master System tem como principal vantagem a tela maior devido a resolução do Master System, o que permite ver com mais facilidade o perigo que se aproxima. De desvantagem, a paleta de cores menor acaba dando um pequeno downgrade comparado a versão de Game Gear.

Apesar de utilizar os gráficos de silicone, visualmente o game não parece tão agradável quanto os títulos anteriores, passando a sensação de que, artisticamente, o game poderia ter sido melhor. Os sprites dos personagens jogáveis são muito grandes e dos objetos e inimigos são muito pequenos. A jogabilidade também é mais travada e a música não tem a mesma qualidade dos games anteriores oito bits.

No entanto, Sonic Blast pode proporcionar momentos de diversão, já que se trata de um jogo de plataforma em 2D corre-e-pula do azulão que todos nós amamos. Além disso, é sempre bom revisitar o game que marca a despedida do mascote que fez história no console e portátil oito bits.