Garfield, o gato ranzinza devorador de lasanhas mais famoso do mundo completou nesta última terça-feira (19) aniversário de 40 anos de criação, o que nos dá a oportunidade perfeita para relembrar do game “Garfield: Caught in the Act“, lançado originalmente em 1995 para o Mega Drive.

A história começa como uma típica tirinha de Jim Davis, criador do gato laranja, com Odie assustando Garfield enquanto assistia TV (um dos seus hobbies favoritos) e que acaba se quebrando em milhares de pedaços. Provavelmente era uma segunda-feira, o dia da semana mais odiado por Garfield.

Com medo de levar uma bronca de seu dono Jon, os dois animais tentam consertar a televisão da melhor maneira que conseguem (e totalmente errada). O trabalho dos dois acaba resultando com a TV ganhando vida e se transformando em um monstro, que suga o gato para o seu interior. Agora o nosso destemido felino deve passar pelos seus programas favoritos até encontrar uma maneira de voltar ao mundo real.

São no total seis níveis, cada um temático ao programa de TV, incluindo o nosso protagonista. Confira abaixo:

  • Count Slobula’s Castle: Fase inspirada em um filme de terror, tendo como cenário um cemitério e como chefão um Odie Drácula.
  • Revenge of Orangebeard: Desta vez Garfield está dentro de um filme de piratas. O chefe é um esqueleto que joga ossos.
  • Cave Cat 3,000,000 BC: Garfield volta à Pré-História na forma de um “Gato das Cavernas”. O chefão é um Odie na forma de dinossauro.
  • Catsablanca: Nosso herói está dentro do filme clássico “Casablanca”, com todo o seu estilo noir (incluindo músicas de jazz). O chefe é um cão jogando bombas.
  • The Curse of Cleofatra: Fase que se passa no interior de uma pirâmide egípcia. O chefe é um Jon-esfinge.
  • Season Finale – A batalha final contra o monstro TV.

O título foi lançado na forma de um ótimo jogo de plataforma com uma mecânica bastante variada e Garfield sendo capaz de atacar inimigos de perto ou jogar objetos neles de distâncias maiores (as armas de curto alcance e os objetos lançados mudam entre cada nível).

Mas o grande destaque mesmo são os gráficos e animações que se apresentam muito bem na tela, com um nível de qualidade que se aproxima do clássico “Aladdin”. Esse refinamento no visual contou com a colaboração do próprio Jim Davis (que era amigo de Tom Kalinske, CEO da Sega of America na época), e resultou num belíssimo pixel art. A trilha e os efeitos sonoros também merecem citações, complementando bem o pacote.

The Lost Levels

Curiosamente o Sega Channel, serviço online para o Mega Drive, recebeu o título “Garfield: The Lost Levels“, apresentando três níveis inéditos, que infelizmente foram cortados antes do lançamento do jogo.

A versão de Game Gear, lançada um pouco depois, apresentou duas fases novas: “Bonehead the Barbarian” e “Slobbin Hood”, com temas de vikings e Robin Wood (florestas). Por fim, a versão de PC lançada em 1996, apresentou um novo nível (mas sem os dois estágios do Game Gear), chamado “Alien Landscape”, que se passa em outro planeta (imagem abaixo).

Assim, podemos presumir que o jogo tinha originalmente planejado 9 fases, inspiradas no livro de tiras “Garfield e Suas 9 Vidas”, de 1984 – recebeu ainda uma versão animada em 1988.

Por fim, uma última curiosidade: nas contracapas do jogo nas versões americana e brasileira há imagens de cenários que não estão presentes no game, o que por muitos anos atiçou a curiosidade dos fãs.