Clássico jogo de RPG estratégico, o “Shining Force: The Legacy of Great Intention“, ou simplesmente “Shining Force” foi lançado para o Mega Drive em 1992, sendo sucessor de “Shining in the Darkness”, outro clássico do 16 bits da Sega, porém com sistemas completamente diferentes.

BASTIDORES DE UM CLÁSSICO

O primeiro “Shining in The Darkness” foi produzido pela Sonic Software Planning,  estúdio que teve seu nome em homenagem ao mascote da empresa.  Para este game, haviam apenas quatro desenvolvedores que contaram com a ajuda de uma companhia terceirizada, a Climax Entertainment, já que a SEGA não estava disposta a investir muito dinheiro.

Mesmo com o baixo investimento financeiro, “Shining in the Darkness” rendeu sucesso comercial e de crítica, levando a SEGA a pedir uma sequência, mas mantendo os pequenos custos de produção. A parceria entre a Sonic Soft e a Climax Entertainment continuou, mas o líder do projeto, Shugo Takahashi, quis fazer um jogo diferente e que inovasse em diversos segmentos.

Shining in the Darkness era bastante simples, mas tinha gráficos bem legais para o Mega Drive.

Segundo ele, os RPGs da época focavam muito em contar uma história interessante, com  batalhas e sistemas em papéis “secundários”. Ele queria inverter essa noção, criando um título em que as lutas fossem o principal atrativo, e para isso, ele se inspirou em um RPG que atualmente é bem underground, o Silver Ghost, lançado em 1988 para PCs. Neste, as ações eram em tempo real, e havia um personagem liderando um exército.

Além disso, Takahashi havia trabalhado anteriormente em um outro clássico dos RPGs: “Dragon Quest” (o anime chegou aqui com o nome de “Fly”, lembra?), e ele quis incorporar também este tipo de jogabilidade. Desse modo, foi criado o sistema em que os personagens tinham um espaço para andar junto com uma ceninha de ataque ao chegar no inimigo.

RECEPÇÕES E COMPARAÇÕES

Ao contrário da crença popular, não houve inspiração em “Fire Emblem: Shadow Dragon and the Blade Light” do Nintendo 8 bits japonês. Em uma entrevista dada ao GamesTM, Takahashi disse que o “tempo deste jogo era tão ruim que era algo que eu nunca gostaria de jogar”.

Sucesso de público e crítica, a sub-série “Force” ganhou duas sequências, uma no Mega Drive e outra no Sega Saturno, enquanto a franquia “Shining” perdura até os dias de hoje. No entanto, a tradução em inglês deste título gerou inúmeras controvérsias, já que omite pontos importantes da história, apaga alguns “backgrounds” dos personagens e também comete erros nos nomes dependendo da frase. Em algumas cenas, por exemplo, o Lord Kane é chamado de “Cain”.

Doze anos depois, “Shining Force” ganhou um remake para o GameBoy Advance, contando com os mesmos personagens, mas com mudanças no enredo e no andamento que tornam uma experiência um pouco diferente do original.

Mega Drive Tectoy

Mantendo o icônico design original, o Mega Drive foi relançado pela Tectoy em 2017 com 22 jogos na memória (expansível até 594 jogos), trazendo a oportunidade de antigos e novos fãs matarem as saudades de clássicos como Sonic The Hedgehog, Golden Axe, Streets of Rage, Shinobi, entre outros. Acesse o link para mais informações do produto!